A cefaléia, termo médico usado para dor de cabeça, é um dos sintomas mais frequentes na medicina, podendo vir associada a inúmeras enfermidades, desde as mais benignas, como resfriados ou sinusites, às mais preocupantes como os tumores cerebrais, além de não fazer distinção entre sexo, raça, idade ou posição social. Até a simples privação do sono pode ocasionar cefaléia no dia seguinte. Então, quando saber se a cefaléia é procupante ou não? Quais sinais ou sintomas devo observar? Qual a diferença entre cefaléia e enxaqueca? Tentaremos responder a estas perguntas no texto que segue.
Normalmente, a cefaléia esporádica, ocasional e de intensidade fraca a moderada não denota maiores cuidados. Basta fazer uso de uma medicação analgésica comum (dipirona, paracetamol, por ex.) e não necessita de avaliação especializada. No entanto, em casos refratários ou constantes um médico deverá ser consultado. Segue abaixo uma lista dos "sinais de alerta" da cefaléia, onde o atendimento médico deve ser buscado, de preferência de forma prioritária:
- Início súbito, de forte intensidade;
- Caráter novo (mudança de padrão) da dor;
- Início em crianças ou pacientes com mais de 60 anos;
- Associada a déficits neurológicos (dificuldade para movimentar alguma parte do corpo, dificuldade para falar, cegueira, etc) ou perda da consciência;
- Crise epiléptica;
- Sonolência ou confusão mental;
- Outros sinais/sintomas associados como febre, rigidez de nuca, vômitos, etc.;
- História de trauma.
A cefaléia pulsátil, hemicraniana (de um lado da cabeça), que pode vir associada a náuseas ou vômitos e sensibilidade à luz e som (fotofobia e fonofobia), mais comum em mulheres jovens e que vem "em crises" durando de 3 a 5 dias recebe o nome de enxaqueca, ou migrânea. Portanto a enxaqueca é um tipo de cefaléia, muito comum por sinal. Alguns fatores externos e hábitos de vida podem influenciar muito na frequência e intensidade das crises e neurologista é o mais indicado para conduzir um caso de enxaqueca, uma vez que atualmente existem tratamentos bastante eficazes, mas que necessitam de um criterioso acompanhamento.
Um outro tipo de cefaléia bastante comum é a cefaléia tensional. Esta tem um caráter na maioria das vezes holocraniano (acomete toda a cabeça) ou frontal, em "aperto" ou "pressão", com crises de menor intensidade, no entanto podendo apresentar vários episódios por dia e durar dias. Podem ser desencadeadas por privação do sono, estudos intensos, estresses no trabalho ou na família, fadiga emocional, entre outros. Nestes casos, um médico deverá ser consultado. Devido ao caráter crônico da dor, o paciente tende a fazer uso inadvertido de medicações analgésicas de forma rotineira, causando falha no efeito da medicação ou até mesmo dependência.
Enfim, este foi um curto resumo acerca da dor de cabeça. Existem diversos tipos, cada um com sua peculiaridade e tratamento específico. Seu médico deverá ser sempre consultado. Para maiores informações, envie-nos um email com a sua dúvida ou nos faça uma visita. O INP está à disposição!